A FÍSICA DE PARTÍCULAS ELEMENTARES: A PROGRAMABILIDADE APRESENTADA NOS LIVROS DIDÁTICOS DE FÍSICA
Daniel Oliveira1, Ana Caroline Thiara2, Lincon Phyerry3 Maxwell Siqueira4
1 Universidade Estadual de Santa Cruz/Discente do curso de Licenciatura em Física, Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas-DCET/, e-mail:daniersouza456@gmail.com
2Universidade Estadual de Santa Cruz/Discente do curso de Licenciatura em Física, Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas-DCET/, e-mail:carolthiara16@outlook.com
3 Universidade Estadual de Santa Cruz/Discente do curso de Licenciatura em Física, Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas-DCET/, e-mail:linconphyerry@outlook.com
4 Universidade Estadual de Santa Cruz /Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática/, e-mail: mrpsiqueira@uesc.br
Atualmente, diversos autores como Terrazzan (1992), Ostermann e Moreira (2001) Siqueira (2006) Batista e Siqueira (2017) e Silva (2020) destacam a importância da inserção dos conteúdos da FMC na educação básica. Nesse sentido, Dominguini (2010) ressalta a importância do livro didático como uma das principais maneiras de inserir a FMC na sala de aula, tendo em vista que o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) distribui livros didáticos para todos os alunos da educação básica da rede pública no Brasil. Assim, a presente pesquisa tem como objetivo analisar como as 12 coleções de Física aprovadas no PNLD de 2018 apresentam a programabilidade do tópico de Física de Partículas Elementares. Para tanto, a investigação parte dos pressupostos da teoria da Transposição didática desenvolvida porChevallard. Essa teoria parte do princípio de que os conhecimentos sistematizados por cientistas, denominado de Saber sábio, passa por adaptações e transformações até estar presente em livros e manuais de ensino (Saber a Ensinar), sendo em seguida transformada até chegar à sala de aula, quando é denominado de Saber a Ensinar. Na transformação do Saber Sábio ao Saber a Ensinar, Chevallard (1991) destaca alguns atributos, dentre eles a programabilidade, que é uma ordenação lógica dos saberes, levando a um sequenciamento que possibilita uma aquisição progressiva do conhecimento, com começo, meio e fim. Os dados foram obtidos e analisados à luz da Análise de Conteúdo. Nessa perspectiva, foi realizada uma leitura sistemática de cada volume das 12 coleções. Ao analisar as coleções foi possível separá-los em 3 grupos: Grupos: G1 - coleções que não apresentam nenhuma abordagem da FPE; G2 - coleções que apresentam uma breve introdução da temática, e G3- coleções que destinam um capítulo exclusivo para os estudos referente a FPE. Desta maneira verificou-se que apenas as obras do G3 apresentam a programabilidade da FPE de maneira mais ampla, fazendo uso da ordenação cronológica, perpassando desde os modelos atômicos, modelo padrão e os grandes aceleradores de partículas, demonstrando assim uma organização do saber. Já as coleções do G2 apresentam os conteúdos referentes a FPE em 2 ou 3 páginas indicando que não há uma abordagem mais aprofundado dos conhecimentos envolvendo atemática. Portanto, nota-se que mesmo havendo consenso sobre a inserção dos tópicos de FPE na educação básica os LD não retratam esse tópico de maneira ampla, haja vista que apenas 4 coleções destinam um capítulo exclusivo para a temática. Isso evidencia a necessidade de ampliar as pesquisas que analisam os tópicos de FMC nos LD.