O XXVI Simpósio Nacional de Ensino de Física (XXVI SNEF) será realizado no Campus do Gragoatá da Universidade Federal Fluminense, na cidade de Niterói, RJ, entre os dias 20 e 24 de janeiro de 2025.

O tema deste Simpósio será “Todo mundo no mesmo lugar e ao mesmo tempo”. Em 2025, comemoraremos o centenário da Mecânica Quântica, e “(...) se você perguntar a qualquer físico qual é o efeito físico estritamente quântico mais importante, ele vai te dizer: o emaranhamento quântico” (FREIRE JUNIOR, 2021, p. 1050). Por isso, ao sobrevivermos a um contexto pandêmico, nós devemos celebrar a superposição e o entrelaçamento de pessoas, ideias, culturas e existências. Todos nós nos encontramos em diferentes estados possíveis simultaneamente antes de ser observado e medido. Mas quando nós medimos e observamos, nossas existências buscam o mesmo estado: bem estar.

Em 2025, o evento completará 55 anos. Será momento de celebrar o reencontro, pois a última vez que nos encontramos presencialmente a nível nacional foi em Salvador em 2019. É momento de reencontrar amigos, referenciais teóricos e restabelecer contatos e parcerias. E, não menos importante, a partilha de tempo, nas atividades culturais, trocando experiências e dificuldades que não são formalizadas no discurso acadêmico.

O SNEF é um momento de troca nacional de experiências e discussões que ocorrem nas salas de aula de Física. Ele proporciona a interação entre pesquisadores e professores da educação básica sem a necessidade destes atores estarem sob um vínculo universitário, mas sim acadêmico e profissional. Além disso, os jovens estudantes de graduação têm contato com esses professores. Isso incentiva a busca não só por mais conhecimento, mas também por práticas pedagógicas mais eficientes no ensino da disciplina. Em outras palavras, é a oportunidade de aproximar a pesquisa da sala de aula desde a escola básica até a Universidade a nível nacional.

O tema “Todo mundo no mesmo lugar e ao mesmo tempo” traz a ideia zapatista de “mundo que caibam outros mundos”. Uma ideia de romper com o pensamento hegemônico valorizando a pluralidade dos saberes populares e culturais. Assim como estabelece o Princípio de Exclusão de Pauli, que diz que não pode existir mais de um elétron com um mesmo conjunto de valores para os números quânticos em um átomo. Nós somos diversos num mundo em superposição.